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Arquitetos: Fernanda Marques Arquitetos Associados
- Área: 830 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
Descrição enviada pela equipe de projeto. O traçado desta residência construída em um terreno de acentuada declividade, em São Paulo, remete à arquitetura racionalista do alemão Mies van der Rohe. Célebre, entre outros, pelo pavilhão construído em Barcelona para sediar a Exposição Universal de 1929, ainda hoje aberto à visitação, nas encostas de Montjuïc.
Aqui, como lá, coexistem a geometria simples. A mesma dinâmica de integração baseada no uso ostensivo do vidro. O mesmo desejo de fusão permanente com a paisagem e de se sentir próximo à água. Além de um definitivo apego aos materiais considerados essenciais no vocabulário da arquitetura: concreto e aço.
Guardada a distância de quase um século, não surpreende que o tema dominante entre as duas construções continue sendo a transparência.
A ideia de abrir a casa para seu espaço circundante para melhor captar a luz e criar visões espetaculares para seus moradores, a partir de diferentes pontos de vista.
"Trabalhar no limite entre a máxima transparência e o nível de privacidade ideal para cada ambiente foi meu grande desafio", conta a arquiteta paulistana Fernanda Marques, autora do projeto. "Havia ainda a necessidade de inserir a casa no terreno, respeitar as árvores existentes e, claro, o considerável desnível", pontua ela.
Outro dos pontos referenciais, a escada helicoidal, prevê acesso para o mezanino onde se situam o home theater, a academia e o terraço com lareira. Reservado à área íntima, o pavimento inferior conta com sala para crianças, além de três suítes, sendo que na maior delas, o acesso se dá por meio de um amplo hall que distribui a circulação para os banhos, senhor e senhora, e para o closet.
Outro dos pontos referenciais, a escada helicoidal, prevê acesso para o mezanino onde se situam o home theater, a academia e o terraço com lareira. Reservado à área íntima, o pavimento inferior conta com sala para crianças, além de três suítes, sendo que na maior delas, o acesso se dá por meio de um amplo hall que distribui a circulação para os banhos, senhor e senhora, e para o closet.
O living se conecta à sala de jantar por uma circulação também toda de vidro que integra deck, piscina de borda infinita e jardim lateral; enquanto, na sala de jantar, uma porta-janela se abre diretamente para a área externa. Assim, quase que delimitada apenas por painéis de vidro, a casa parece estar imersa na paisagem circundante.
Nem por isso, no entanto, a arquiteta abriu mão de um sentido de acolhimento próprio a uma residência familiar. "No projeto de interiores optei por criar cenários mais intimistas com base no uso de luz indireta -sobretudo no living que conta com pé-direito duplo- e no uso de revestimentos mais quentes, como a madeira. Afinal, casa, para mim, tem de ter cara de casa", conclui ela.